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Luís Gonçalves  15 de Junho 2016

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Quarenta anos volvidos como praticante de karate, 32 dos quais como instrutor, permito-me, numa perspectiva de observador e praticante assíduo, pronunciar-me.

Luís Gonçalves  15 de Junho 2016

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Quarenta anos volvidos como praticante de karate, 32 dos quais como instrutor, permito-me, numa perspectiva de observador e praticante assíduo, pronunciar-me.

Luís Gonçalves  15 de Junho 2016

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Quarenta oito anos volvidos como praticante de karate, 40 dos quais como instrutor, permito-me, numa perspectiva de observador e praticante assíduo, pronunciar-me.
É sobejamente sabido, que os interesses pessoais são movidos pela lei do desejo, associada à lei de sobrevivência, e pior ainda, há quem engula o que não gosta, que se vergue à incompetência e ignorância, e sorri para quem despreza e não lhe reconheça qualquer competência, com aval de alguém com responsabilidades acrescidas.
A permanência no poder por parte de alguns em defesa dos interesses instituídos, e a luta desmesurada dos aspirantes, em que têm como horizonte o pelouro do protagonismo, da afirmação, do oportunismo, da subserviência, mesmo que ignorantemente, leva-os a que não guardem compromissos com os princípios da moral e da ética.
Sobreviver servilmente às directrizes do mais forte, é a convicção de que quanto mais se identificar com ele, maiores são as hipóteses de beneficiar de um tratamento distinto e com elevação.
É a lógica do “bom praticante, do bom aluno e do bom instrutor” no sentido mais pejorativo do conceito. É a covardia e falta de personalidade levada ao seu expoente máximo.
O maior património do homem e que o caracterizam, é a sua liberdade de pensar, agir e escolher, ter coragem e saber romper a tempo, correr riscos de adesão e continuidade, e de renuncia.
Uma das capacidades do ser humano é a de se destacar no seio de um grupo.
Alguns que se destacam, ao assumirem uma liderança nesse grupo ou classe, utilizam muitas vezes a liderança conquistada, para, ante a incapacidade pensante dos liderados, produzir subservientes, enganá-los, e pior ainda, desrespeitá-los.
Há pessoas, que apesar das suas competências ou qualidades, sabem manter-se saudavelmente humildes, e sem qualquer imposição, conquistam o respeito daqueles que pautam as suas vidas com dignidade e carácter, sem que tenham de recorrer a artefactos e malabarismos, ou a penosas atitudes servis.
É totalmente errado, avaliar e vergar-se perante alguém sem que o conheçam aquém do karate-gi vestido, antes do treino, depois do karate-gi despido, e depois do treino, porque infelizmente, a diferença é enorme para muitos.
Com tudo, ainda existem pessoas de grande valor no karate.

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Luís Gonçalves

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